terça-feira, 14 de setembro de 2010

AS BARREIRAS AO CONHECIMENTO

Na opinião de Szulanski, as empresas precisam reconhecer de início que existem desafios próprios ao processo de transferência de conhecimento.Quem gerencia esses processos deve ter em mente as sete "barreiras ao conhecimento", divididas em quatro categorias:

Características do conhecimento

1.Ambiguidade causal. Nesse caso, não sabemos com total segurança o que está gerando um desempenho excepcional e como essas forças iriam interagir entre si em outra unidade.

2.Conhecimento não-comprovado. Ao tentar transferir uma prática recentemente desenvolvida, não se confia que esse conhecimento seja eficaz em uma nova situação.

Características da fonte

3. Falta de credibilidade. Membros de unidades de alto desempenho não são reconhecidas ou percebidos como confiáveis por outros membros da organização.

Características dos receptores

4. Falta de capacidade de absorçõa. As pessoas não reconhecem o valor do novo conhecimento. Mais ainda, elas carecem das habilidades, da linguagem e da experiência necessárias.

5. Falta de capacidade de retenção. As pessoas não utilizam suficientemente o conhecimento transferido a ponto de incorporá-lo no modo de fazer seu trabalho.

Características culturais

6. "Aridez". A empresa não dispõe de sistemas e estruturas para capacitar as pessoas a reconhecer e agarrar oportunidades de alavancar o conhecimento existente.

7. Ausência de relacionamentos "íntimos" entre fontes e receptores. Pessoas de diferentes unidades não têm um histórico positivo de comunicação e colaboração.

Derrubando as barreiras

Segundo Szulanski, as três barreiras mais difícieis de transpor são a ambiguidade causal, a falta de capacidade de absorção pelos receptores e a ausência de relacionamentos "íntimos" entre fontes e receptores.

O que fazer? Mesmo que não se possa eliminar a ambiguidade causal, é possível cavar mais fundo para descobrir por que uma prática bem-sucedida funciona tão bem.

"Leve em conta seu conhecimento sobre a prática e depois se questione: Qual é o ganho potencial de aplicar isso em outra unidade? Quanto tempo vai levar até que os resultados no outra unidade sejam equivalentes ou até melhores?", sugere o especialista.

Superar a barreira da capacidade de absorção parece ser um pouco mais fácil. Estratégias-chave incluem investimentos em treinamento e desenvolvimento para que os membros de uma unidade receptora tenham as habilidades necessárias, assim como a competência técnica e gerencial.

Sobre a falta de intimidade entre fontes e receptores, o especialista sugere tentar estabelecer laços entre as partes. Você pode, por exemplo, incentivar a comunicação entre os grupos e até mesmo viagens.

Szulanski também recomenda que se trabalhe a partir de quatro estágios:


Inicialização. A ação acontece a partir do reconhecimento de uma oportunidade de transferência.

Implementação. Ocorre a troca de informação entre fonte e receptor.

Ascensão. O conhecimento transferido começa a ser usado e são corrigidos problemas inesperados.

Integração. A prática transferida torna-se rotina.


Fonte: HSM Management Update Nº 44

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